domingo, 10 de fevereiro de 2008

PROJETO EDUCACIONAL PREVENTIVO PRIMÁRIO CONTRA AS DROGAS NAS ESCOLAS DO ESTADO DE MATO GROSSO




PROJETO EDUCACIONAL PREVENTIVO PRIMÁRIO CONTRA AS DROGAS NAS ESCOLAS DO ESTADO DE MATO GROSSO


JUSTIFICATIVA

O Clube dos Novos Literatos do Estado de Mato Grosso-CLIMA criado por Professores, Mestres e Especialistas em Educação, militantes na esfera Educacional, convivendo dia-a-dia em sala de aula com toda a gama de alunos, desde aqueles do ensino fundamental até o ensino superior, busca junto com INSTITUTO MATO-GROSSENSE DE PREVENÇÃO ÀS DROGAS –IMPDrog, através desta proposta inovadora e altamente social, levar a todos os alunos das escolas do Estado de Mato Grosso a Educação anti-Drogas.

A presente proposta tem razão de ser, justamente na ausência total de informações aos Jovens, despreparo dos nossos professores para abordagem do tema tão relevante e complicado e desconhecimento por parte dos pais e responsáveis dessa doença que assola o nosso país em todas as camadas sociais, trazendo toda sorte de transtornos e malefícios à estrutura familiar com conseqüências funestas e desastrosas para a sociedade em geral.

Este projeto visa levar para dentro das salas de aulas um Programa de Ensino Escolar de Educação Anti-Drogas amplo, simples, altamente didático e de fácil acompanhamento pelos professores de cada unidade escolar.

Durante os trabalhos específicos deste projeto, a freqüência dos alunos às aulas-debates nas escolas, certamente darão a cada um deles uma educação decisiva em favor da Sobriedade.

A Sobriedade é sem dúvida alguma uma questão de vontade pessoal, onde o indivíduo, quando diante do convite para usar qualquer tipo de droga, se decide a favor do contra. Mas é justamente essa força de decisão que requer um tratamento bem orientado a toda nossa Juventude. A Escola é o espaço adequado e tem o ambiente propício para disseminação dessa política educativa.
Nessa idade, os elementos constitutivos da personalidade se acham em fase de formação, e, pois, as influências do lar, da escola e do meio ambiente vão adicionando, dia após dia, novas pedras morais às paredes e colunas da estrutura do seu caráter. E, quando adulto, os atos determinados pela sua vontade e decisão serão frutos da semente educativa lançada em sua mente durante o período de desenvolvimento.

As Escolas não alcançarão, porém, os desejados e elevados alvos educativos de que estamos falando, se os professores nada mais fizerem que apresentar uma ou duas lições teóricas, por semana, sobre os malefícios das drogas e os benefícios da sobriedade. É preciso que os nossos Professores também abracem esta nobre causa com muito interesse e perseverança. Sendo, na prática, partidários e fervorosos defensores da abstinência de toda e qualquer droga, seus ensinos se revestirão do poder da convicção. Os alunos são crerão no que os professores ensinar se eles combinarem o ensino com a vida prática.

Na Escola, em todas as matérias ensinadas, quer seja matemática, línguas, ciências, história, geografia, filosofia ou religião, pode-se introduzir, sem qualquer problema, o assunto das Drogas na vida humana.


EDUCAR PARA O AMANHÃ

Educar a criança e o jovem significa socializá-los, isto é, deixá-los viver e conviver. Para tanto, é necessário que adquiram os padrões e normas do grupo social, no qual está inserido.

A PREVENÇÃO à droga está relacionada à educação recebida pela criança, na família, tanto no que diz respeito aos valores que lhe foram transmitidos, quanto à forma usada para transmitir e vivenciar estes valores.

É esclarecedor afirmar que é justamente na família que a criança inicia os primeiros contatos com as drogas, nas situações mais diversas: uma dor de cabeça, uma dor de dente, um xarope para tosse, os goles inocentes de cerveja e vinho.

O abuso de drogas é considerado pela Organização Mundial da Saúde-OMS, como uma epidemia social. Como toda epidemia, apresenta quatro fatores fundamentais:
1) o agente (a droga);
2) o hospedeiro (o jovem);
3) o ambiente favorável (família, grupos e meio ambiental);
4) o transmissor (o melhor amigo/traficante)

No Brasil as pesquisas sobre o abuso de drogas são escassas. Contudo, pela procura freqüente de clínicas para recuperação, pelos depoimentos de especialistas, polícia, educadores e pais, constata-se que o uso indevido de drogas é significativo, principalmente entre adolescentes e jovens.

A PREVENÇÃO é a estratégia mais eficaz para o problema do abuso e uso indevido de drogas.

IMPORTANTE: O problema de abuso de drogas só poderá ser minimizado com concentração de esforços por parte do governo e da sociedade em geral.

O abuso das drogas priva a criança de hoje do direito de entrarem no futuro com dignidade e boa saúde e da oportunidade de contribuírem substancialmente para a melhora do seu país e do planeta.

Quando a criança inicia sua experiência com a droga?

PRIMEIRO: Para muitas crianças a experiência da droga começa no ventre materno, em conseqüência do abuso de drogas. Mães fumantes (cigarro, maconha), mães que abusam do álcool e as que consomem cocaína, crack, heroína, estão levando seus filhos à dependência antes do nascimento.

SEGUNDO: Para outras, na própria família que consome medicamentos em grandes quantidades, no comportamento dos pais em relação a tranqüilizantes, fumo, álcool, e outros. Os medicamentos guardados em casa geram curiosidade nas crianças, a qual é aumentada quando elas vêem os pais ingerindo-os.

TERCEIRO: Na intensa propaganda, na televisão, sobre álcool, fumo e medicamentos.

Vivemos numa época em que as crianças e adolescentes estão expostos a um constante bombardeio por anúncios que os convidam a beber, a fumar para ter mais força, obter vantagens, lutar com mais vigor, conquistar mais, comer qualquer comida com a ingestão de um comprimido.

Aprendem muito cedo que existe a pílula para dormir, acordar, relaxar e emagrecer.

Este é o modelo de vida oferecendo às crianças e adolescentes: a vida regulada pelas drogas. A dependência é estimulada pelos meios de comunicação.

A criança que recebe constantemente este tipo de informação, através da propaganda, terá dificuldades em não cair na tentação da droga.

Diariamente se constata que o uso de drogas inaláveis, inebriantes, é feito por crianças, na faixa de 06 a 10 anos, em proporções alarmantes.

As crianças da classe pobre em geral têm acesso a cola de sapateiro, benzina e outros solventes. Nas classes média e alta elas usam lança-perfume, cheiro da loló e gás propelente dos aerossóis, além do consumo da maconha, que começa aos 11 anos.

A droga não é substituto do amor, do carinho e da afeição. Esses sentimentos ajudam a criança a suportar dores ou doenças, sem o emprego de muita medicação e levam-na também a entender que o desconforto e o sofrimento eventuais fazem parte de nossa vida diária. Não existem drogas mágicas capazes de fazê-los desaparecer. Algumas apenas ajudam a suportá-los.

Entretanto, as drogas na atualidade, queiramos ou não fazem parte de nossa vida diária. Devemos tratá-las com o respeito que elas merecem e cuidadosamente, como uma necessidade temporária, para corrigir certas condições físicas ou mentais, fora da normalidade.

Pais e educadores só podem desestimular o abuso de drogas através do exemplo, da alegria de viver e usufruindo as boas coisas da vida, mostrando também que é possível resistir a um certo desconforto, a pequenas dores ou distúrbios emocionais sem usar a droga como muleta.

O que a família e a escola passam para a criança em termos afetivos, atitudes e comportamentos, para enfrentar os problemas da vida diária, pesará muito na opção do jovem em relação ao uso abusivo de drogas.

ADOLESCÊNCIA X DROGAS: UMA REALIDADE

Adolescência é a fase entre a infância e a vida adulta, que se caracteriza por profundas transformações físicas e psicológicas.

As coisas da infância começam a perder o sentido, mas por outro lado o desconhecido atemoriza o adolescente.

Nestes momentos é importantíssima a compreensão dos pais e professores e, mais do que compreendê-los, aceitar as mudanças pelas quais seu filho está passando.

O adolescente tem incerteza quanto a sua aceitação no grupo, à escolha do par, à futura profissão, a cada nova situação, para as quais busca equilíbrio constantemente. Essa busca gera uma insegurança que o deixa angustiado.

É na adolescência que ocorre a maior incidência do abuso de drogas. Os estudiosos do comportamento humano acreditam que muitos dos adolescentes que procuram as drogas apresentam personalidades anti-social, isto é, são neuróticos ou psicóticos em relação aos seus problemas afetivos.

Na verdade, o adolescente se vê cercado por inúmeras pressões, sofrimentos, contradições e perigos. Neste momento poderá apelar para a droga como quem apela para uma fórmula mágica capaz de resolver seus problemas existenciais ou, pelo menos, esquecê-los, fugindo da realidade.

Muitas pessoas, não suportando as pressões, a tensão, o stress, enfim os diferentes problemas que as afligem, procuram fugir, usando drogas. E esses problemas são, geralmente, maximizados na adolescência. O adolescente tem menos segurança e força para resistir a tais pressões e sucumbem mais facilmente a elas.

A droga o alivia, o ilude, e, magicamente, o leva a um sonho de prazer. A angústia por ele sentida se dissolve, momentaneamente, sente a paz, e sua fragilidade é substituída por um sentimento de força.

Porém, o efeito da droga é transitório. O viciado logo sente que este paraíso se desmorona e ele volta a se encontrar novamente com a realidade, não raras vezes muito próximo de um maior desajuste emocional.

Certas drogas como o tabaco, o álcool e a maconha são comuns entre os adolescentes por motivos de curiosidade, emancipação, cerimonial de passagem para a vida adulta ou ainda provar a si próprio e ao grupo que já é adulto, já é homem.

Os jovens trazem dentro de si grandes ideais de participação e altruísmo. Por outro lado, a sociedade pouco oferece para a realização destes anseios. E nessa falta de oportunidades, ante a necessidade de preencher o vazio interior, a droga se apresenta como uma solução principalmente para os adolescentes que buscam um sentido para a vida.

Devemos considerar também que uma estrutura sócio-econômico-cultural, onde prevalecem as injustiças sociais, as discrepâncias na distribuição da renda, a violação dos direitos básicos da pessoa propicia e até mesmo causa muitos males sociais, como a droga.

Para que a PREVENÇÃO seja eficaz, é indispensável que esta sociedade mal estruturada seja reformulada e assim possa oferecer uma melhor qualidade de vida às pessoas, onde os valores oferecidos e vivenciados auxiliem na construção das mesmas pessoas.

A ESCOLA E PREVENÇÃO CONTRA AS DROGAS

A escola é a instituição que promove a educação e que possui maiores condições de executar um programa de PREVENÇÃO, pois retém a clientela de maior risco, ou seja, crianças, adolescentes e jovens.

Constata-se que não existe uma concepção de educação preventiva contra as drogas em nossas escolas. Contudo existe uma forte opinião sobre a importância da informação sobre as drogas e seus efeitos como hipóteses de que esses conhecimentos bastariam para dissuadir os jovens, afastando-os da tentação de experimentar a droga.

Contudo, existe também a opinião de que o simples informar pode aguçar ainda mais a curiosidade dos adolescentes e jovens a experimentar a droga. Realmente, se o uso de drogas é um problema de comportamento determinado por inúmeros fatores, a informação não é suficiente para modificar as atitudes e os comportamentos. Este seria apenas um, entre inúmeros componentes do qual a educação poderá se utilizar, para executar um programa de PREVENÇÃO. É bom lembrar que a educação implica na transmissão de valores, através de conteúdos do processo de socialização das pessoas, usando determinadas formas de atuar, isto é, uma prática pedagógica.

A PREVENÇÃO de que estamos tratando aqui consiste de ações organizadas que levem a sensibilizar e a informar às pessoas quanto aos prejuízos do abuso e uso indevido das drogas para si e para a sociedade.

Nesta proposta a PREVENÇÃO não consiste somente na informação, mas também no tratamento do assunto numa abordagem mais ampla de saúde, preservação, construção e sentido da vida.

Isto implica numa educação centrada na pessoa, educação afetiva e não só intelectual.

Formar no aluno uma consciência antidroga é dar condições para que o jovem possa formar dentro de si um “policiamento próprio”. Dizer NÃO a tudo o que prejudica ou coloca em risco a sua saúde física, mental e emocional. Isto implica na formação de atitudes, habilidades, na aquiescência de valores, e análise dos vários fatores que desencadeiam e mantêm o abuso de drogas, próprio das pessoas e do sistema como um todo.

METAS DO PROGRAMA DE PREVENÇÃO

Serão três as metas da proposta de PREVENÇÃO:

1º) Mudança da prática educativa da escola. De uma escola autocrática para uma escola democrática;

2º) Ação com os pais, envolvendo a família dos alunos e os demais segmentos da comunidade, onde a escola está inserida;

3º) Informação científica, seqüencial, sistemática e conclusiva, pois trata-se de um CURSO DE PREVENÇÃO PRIMÁRIA CONTRA AS DROGAS, onde, inclusive, os alunos receberão um CERTIFICADO de participação e conclusão do mesmo, afiançando que o portador daquele DIPLOMA recebeu todas as informações necessárias sobre ao males da DROGADIÇÃO, e possui condições de dizer NÃO a qualquer substância NOCIVA à sua vida.

OBJETIVOS DO PROGRAMA DE PREVENÇÃO

1º) Fazer com que o aluno adquira um conhecimento básico do funcionamento do organismo e da mente e que lhe permita reconhecer os desvios da normalidade e o leve a procurar os meios para corrigi-los;

2º) Desenvolver um intercâmbio democrático de idéias entre alunos, professores e pais;

3º) Despertar na comunidade escolar uma consciência crítica em relação aos problemas que derivam do abuso do álcool, fumo, e das drogas, e as possíveis ações a serem desencadeadas;

4º) Oportunizar debates, reflexões, em torno dos fatores de ordem pessoal, familiar, político-social, econômico, cultural que influem no uso abusivo e indevido de drogas;

5º) Despertar o interesse dos alunos, educadores e pais, técnicos (toda comunidade escolar) para participarem de ações preventivas em matéria de alcoolismo, fumo, e abuso de drogas;

6º) Oferecer informação científica a respeito das conseqüências do suo abusivo de drogas.

A PRÁTICA EDUCATIVA DA ESCOLA

A escola é uma instituição social que presta serviço à comunidade, promovendo a educação de criança e jovens.

A ação educativa da escola deve se situar num contexto filosófico de valores e na visualização de objetivos a serem atingidos. Isto é, a escola deve ter muito clara sua proposta de valores, de homens e de sociedade que quer construir, bem como sua prática pedagógica.

Um dos valores que deve estar presente para a escola é o valor ‘VIDA”, pois o uso abusivo de drogas está relacionado à autodestruição.

Em qualquer proposta de vida que se adote, viver implica na consciência de optar e de entender a vida.

Promover a educação em favor da vida, da valorização da vida é desenvolver aquela consciência que possibilite ao educando buscar um significado de vida.

No seu processo educativo, na sua prática, a escola deve criar condições que facilitem esta busca, que possibilitem o desenvolvimento de todos os envolvidos e a descoberta de si próprios como pessoas e de seu papel a desempenhar na sociedade em que vivem, bem como sua superação de suas limitações.

Para que isto aconteça, a escola deve mudar seu funcionamento interno bem como sua metodologia de ensino-aprendizagem, até então autoritária, a fim de que as pessoas tenham oportunidade de construir-se, através de uma efetiva e real participação em todas as fases do processo educativo, desenvolvendo assim suas potencialidades e se instrumentalizando para uma participação social, pois é através desta que a pessoa se sente significante para si mesma e para o grupo.

É freqüente a afirmação de que os professores não conseguem fazer os pais participarem da vida da escola, de que os pais não mostram o menor interesse.

A mesma queixa pode ser ouvida dos diretores em relação à dificuldade de conseguir a participação dos professores.

Para que o programa de PREVENÇÃO PRIMÁRIA CONTRA AS DROGAS aconteça, a escola precisa mudar sua prática.

A escola de hoje está mais voltada para informar o passado, as realidades acontecidas, com pouca ou nenhuma preocupação com o presente e a história a ser construída.

Na verdade a escola continua reproduzindo o sistema, induzindo os alunos à produção e ao consumo, levando-os à frustração, ao vazio, com seus currículos que não motivam, que tolhem a criatividade e a participação.

Jovens que têm na escola a oportunidade de participar, de construir, encontrarão objetivo para lutar, para viver e acreditar nas suas potencialidades. Poderão ver a vida como um “VALOR” a ser preservado.

A escola poderá reverter o processo de alienação do jovem, desenvolvendo a consciência crítica, propondo uma educação pelo diálogo que leve o homem à procura da VERDADE em comum, ouvindo, questionando, libertando-se, investigando. Com isto possibilitará ao aluno uma discussão corajosa sobre sua problemática e a problemática do mundo.

Através deste programa de PREVENÇÃO a escola estará advertindo o aluno para os perigos do seu tempo: a dominação, a opressão, a violência, os falsos valores, a DEPENDÊNCIA DAS DROGAS, os preconceitos, o capitalismo selvagem, o consumismo, a desintegração familiar, o individualismo e outros, para que, consciente deles, ganhe força e coragem para lutar, ao invés de ser arrastado à perdição de seu próprio eu, submetido às prescrições alheias e aos modismos impostos pelos meios de comunicação social e pala manipulação de ideologias dominantes.

O CONTEÚDO DO PROGRAMA DE PREVENÇÃO

No programa de PREVENÇÃO, cabe à escola, fazendo bom uso do material especialmente preparado (livros didáticos por grau de ensino), dar aos alunos as informações que a ciência e a cultura produziram sobre como manter a vida e os fatores que podem destruí-la.

Dentre as diversas fontes de informação existentes, a escola é a que possui melhores condições para sistematizar a informação, segundo os diferentes graus de ensino, graus de interesses e maturidade dos alunos.

Assim, as informações sobre os malefícios das drogas serão dadas no decorrer do ano letivo, ficando à inteira responsabilidade do professor a fiel execução do conteúdo proposto pelo Livro Didático específico.

Desde cedo a criança deve aprender a cuidar da saúde e valorizar a vida. Daí a proposta de, respeitando o desenvolvimento do aluno em suas diferentes fases (infância, adolescência e juventude), se fazer a informação a partir da pré-escola ou no início do 1º grau, até final do 2º.

Para que haja efeito positivo, é necessário que o professor, em suas aulas, proceda de maneira democrática, despido de preconceitos e falso moralismo. A postura científica é a mais indicada. Os adolescentes e os jovens em geral pouco acreditam nos adultos, principalmente em se tratando de assuntos relacionados a comportamentos e valores.

O mais apropriado para dissuadi-los da droga é a linguagem científica.

O PROFESSOR E A PREVENÇÃO

O professor é um agente de educação. A ele cabe a responsabilidade de informar os alunos. É ele que estabelece um contato direto com o aluno e tem papel decisivo no programa de PREVENÇÃO, uma vez que influencia na formação de valores e atitudes e é figura de identificação.

O adolescente precisa de modelos para imitar, por isso precisa de ídolos e quantos deles vêem na pessoa do professor um modelo para sua vida, desde o vestir e falar até o gosto pela disciplina.

Para um adolescente a palavra do professor, muitas vezes, tem mais peso que a palavra dos pais.

O professor, mais do que qualquer outro profissional, deve “arrumar sua cabeça”, isto é, mudar sua mentalidade, revendo seus conhecimentos, preconceitos e conceitos em relação á droga. Para tanto o professor de qualquer disciplina deve estudar o assunto, aumentar os conhecimentos acerca das drogas e seus efeitos e problemas relacionados com o seu uso.

Necessário se faz lembrar, ainda, que todo agente de prevenção deve conhecer o contexto sócio-político-cultural e econômico em que vivem seus alunos.

As modificações, o progresso e os recursos a serviço do homem, a miséria, a riqueza, o sistema em geral, têm e terão influência decisiva no problema das drogas.

Um dos grandes problemas da PREVENÇÃO ao uso abusivo de drogas é a preparação do professor.

As nossas Universidades e as Escolas de Ensino Superior ainda não se sensibilizaram, não criaram uma consciência em torno deste problema que assola o mundo. Ali estão os inúmeros cursos de formação de professores especialistas, cujos currículos não prevêem nenhum ensinamento do assunto. Com raras exceções, algumas instituições buscam através de palestras, debates e seminários despertar seus alunos, futuros profissionais, para o problema. Porém estes momentos não são suficientes para dar condições ao professor. O tema é complexo, é necessário um estudo sistemático ao longo de pelo menos uma série do curso, como disciplina específica.

As escolas, por sua vez, ao implantar o programa de PREVENÇÃO, deverão proporcionar aos professores, através de horas de estudo, cursos e seminários, conhecimentos sobre as drogas e seus malefícios.

Somente professores preparados através de estudos específicos, que proporcionem conhecimentos sólidos sobre drogas, poderão comprometer-se a ministrar conteúdos aos alunos.

PARA O SUCESSO DO PROGRAMA DE PREVENÇÃO

· A informação sobre drogas, para que atinja os objetivos da PREVENÇÃO, deve ser adaptada ao grupo a que está sendo dirigida;

· O uso abusivo de drogas não deve ser abordado sob o ponto de vista moral, político ou religioso;

· Não existem verdades absolutas e generalizadas sobre o uso, efeitos e conseqüências. Portanto, não se pode fazer afirmações definitivas e categóricas. Neste assunto ninguém é dono da verdade. Existem, sim, estudiosos do assunto;

· Saber que o agente é a droga e que o usuário é o hóspede, os efeitos e conseqüências variam de acordo com o agente, o hóspede e o meio ambiente. Ou seja, o efeito de uma droga depende da dose, do método de administração da mesma, da freqüência do seu uso, do indivíduo e do meio ambiente;

· Basear a informação em literatura científica e acadêmica, dizendo sempre a verdade sobre as drogas e suas conseqüências, sem exageros a respeito da ação que elas têm. Hoje muitos jovens sabem mais sobre drogas do que seus próprios professores. Portanto, não falsear, nem exagerar a respeito dos perigos. Informar sem alardes. Conselhos, apelos emocionais, fantasias e encenações são atitudes ineficazes num programa de PREVENÇÃO;

· Estar sempre disposto a investigar e a aprender mais sobre o assunto;

· Incutir medo nos alunos (pedagogia do medo) é a pior estratégia para prevenir o uso abusivo de drogas. Contudo, devemos ser claros e firmes quanto aos perigos em relação ao uso das drogas;

· Ter em conta que cada uma das drogas tem um modo individual de atuar. Necessário se faz conhecer sua classificação farmacológica;

· Enfatizar sempre o risco do desconhecimento (o efeito exato de uma droga não pode ser previsto);

· Deve-se falar sobre os efeitos psicológicos da droga e como interferem nas funções cerebrais;

· Enfatizar que qualquer pessoa que consuma drogas é manipulada por elas, deixando de ser o senhor de si mesmo. A dependência da droga é uma forma de escravidão;

· Informar que o abuso existe também em relação às drogas lícitas: álcool, fumo, medicamentos;

· Evitar estereótipos na apresentação de pessoas ou ambientes (ambiente psicodélicos x droga, cabelos compridos x drogas, etc.);

· Descrever para os alunos imagens positivas em relação à vida e a si próprio;

· Está constatado que o método mais eficiente para o alcance dos objetivos propostos é o debate franco entre os jovens e o professor, com formação adequada, o que só é possível quando a abrdagem do assunto é feita em pequenos grupos (salas de aula);

· Quando, no ensino, se obedece a uma seqüência previamente planejada, a possibilidade de se obter resultados positivos aumenta, ao mesmo tempo em que diminui a probabilidade d erros ou omissões.

OS PAIS E A PREVENÇÃO

A ação sistemática de um programa de prevenção não pode se limitar a nível de faixa interna da escola, alunos, professores e pessoal administrativo; os pais, principalmente, têm papel decisivo na PREVENÇÃO. A colaboração e o harmonioso entrosamento entre a família e a escola são fundamentais para a PREVENÇÃO.

Decisiva também é a participação da comunidade onde a escola está inserida.

A escola não pode ficar alheia aos problemas sociais, que também são seus. Esta, quando engajada na comunidade, no seu meio social, poderá contribuir na busca de soluções para os mesmos.

A escola deve, principalmente, trabalhar dentro de si própria, preparando seu pessoal, que deverá ser informado e engajado no programa, para posteriormente atingir as famílias e demais segmentos da comunidade.

Uma das estratégias recomendada é que a escola proceda as reuniões com os pais de acordo com o grau de ensino, quais sejam:

Pais dos alunos de 1ª a 4ª série;
Pais dos alunos de 5ª a 8ª série;
Pais dos alunos do 2º grau.

Assuntos que poderão ser tratados em reunião de pais, considerando o programa de PREVENÇÃO:

· As doenças provocadas pelo tabagismo;
· Os problemas psicológicos, físicos e sociais advindos do álcool;
· Os problemas do uso indevido de drogas, que provocam dependência;
· Psicologia da automedicação;
· Os problemas que os jovens enfrentam hoje;
· O relacionamento positivo com o adulto, necessário ao desenvolvimento da criança e do adolescente;
· Valores vivenciados pela família, escola e comunidade. Os pais como figuras de identificação;
· Importância da dinâmica familiar como fator de prevenção;
· A religião na vida das pessoas;

Além das reuniões, as escolas poderão organizar seminários, para um debate mais amplo com todos os pais da escola e outros segmentos da comunidade, sobre:
· Os valores sociais, morais, culturais e religiosos da sociedade atual;
· Informar e debater, em pequenos e grandes grupos, sobre os fenômenos que vêm agredindo a saúde das crianças, jovens e adultos.

Nesta interação escola x comunidade se deve visar alguns objetivos próximos:

· Melhorar o relacionamento entre adultos (entre si com os jovens, adolescentes e crianças);
· Criar condições para que a instituição escola seja um lugar onde os alunos gostem de permanecer, porque se sentem bem, física e emocionalmente;
· Dar condições para que os pais, professores e autoridades em geral possam enfrentar os problemas da droga, com maior segurança;
· Reivindicar das autoridades do poder judiciário maior rigor com os traficantes;
· Pedir leis mais severas em relação à fiscalização e consumo das drogas;
· Criar movimentos comunitários para reivindicar cumprimento da lei, que proíbe a venda de bebidas alcoólicas e cigarros a menores;
· Adotar medidas comunitárias, quanto á qualidade do lazer para os jovens;
· Buscar soluções junto aos órgãos competentes, para minimizar a ociosidade dos jovens;
· Aumentar, a nível de comunidade, a área para lazer e prática de esportes;
· Oportunizar aos jovens competições esportivas nos fins de semana, feriados e férias;
· Engajar a Associação de Pais e Professores (APP) no programa de PREVENÇÃO que a escola se propõe desencadear. A APP é, pela sua tradição e serviços prestados à escola de 1º e 2º graus, uma grande força, nem sempre reconhecida pela escola.


ATIVIDADES QUE DEVEM SER EVITADAS NUM PROGRAMA DE PREVENÇÃO

1) Fazer Prevenção “estilo campanha”
- A proposta é de uma ação educativa sistemática com começo e fim, envolvendo toda comunidade escolar. Esse estilo “campanha”, descaracteriza um processo educativo escolar;


2) Informar os alunos através de Palestras
- A informação aos alunos é feita nas aulas, com conteúdo definido no Livro didático específico;

3) Pedir aos alunos que façam pesquisas, entevistas, sem antes conhecer o material
- Todo o material necessário para estudos e exercícios encontram-se no livro didático do Curso de Prevenção Primária;

4) Drogas em feiras escolares
- É um risco muito grande informar o público que comumente visita as feiras escolares sobre assunto tão complexo como o abuso de drogas;

5) Elaborar cartazes e murais
- os assuntos dos murais e cartazes devem ser selecionados, levando-se em conta o público que os lê. O livro adotado traz algumas atividades nesse sentido, que deverão ter o acompanhamento e fiscalização do professor;

6) Depoimentos de ex-drogados para crianças e adolescentes
- Que efeito positivo teria depoimentos de ex-drogados, narrando sua tragédia, como de onde injetava a droga, como conseguia, etc. a um grupo de adolescentes que nenhum contato teve com a droga? Assustá-los? Educação não se faz com sustos e medos, mas despertando as consciências em favor da vida;

7) Desenvolver na escola trabalhos isolados
- A PREVENÇÃO deve ser de toda comunidade escolar e não de um único professor;

8) Envolver-se na repressão ao tráfico e/ou tratamento e recuperação de drogados
- Cada um na sua área de trabalho. A escola deve se deter ao programa de PREVENÇÃO. A repressão é uma ação de responsabilidade da polícia e outros órgãos de segurança. Numa escola em que se faz necessária a presença da polícia é porque a PREVENÇÃO não foi feita a tempo, ou, se foi, não atingiu seus objetivos;

9) A Escola e o usuário de drogas
- Quanto ao usuário dependente dificilmente a escola poderá fazer alguma coisa para recuperá-lo, pois facilmente o dependente abandona a escola, motivado pelas ausências em sala de aula, queda brusca de rendimento escolar e etc.

A escola deve preocupar-se com as ações de PREVENÇÃO e não de identificação de alunos-usuários;

ATITUDE DA ESCOLA PARA COM O USUÁRIO DE DROGAS

Em geral as pessoas e as instituições vêem com preconceito o problema das drogas e os que dela fazem uso. Isto ocorre também no meio escolar. Existe uma forte opinião entre diretores, especialistas e professores de que o problema é de responsabilidade da família e das áreas da saúde e policial.

Para eles deflagrar uma ação preventiva na escola seria despertar a curiosidade dos alunos e denegrir a imagem da escola diante da comunidade. Algumas temem a reação dos pais.

Não são poucas as escolas que negam a existência da droga entre seus alunos e professores. Sim, professores, pois existem muitos adultos abusando das drogas.

Quando a escola admite o problema e deflagra uma ação educativa, tem melhores condições de buscar soluções para enfrentar o problema.

Em relação aos alunos usuários, duas situações podem ocorrer:

1º) O aluno diz estar usando droga;
- O aluno procura um professor, orientador, ou até mesmo uma merendeira, e diz que está usando droga. Esta sua atitude é um pedido de socorro, quer ser ajudado.
A pessoa que foi procurada pelo aluno poderá ajudá-lo se tiver algum conhecimento do problema.

Contudo, pode recomendar:

· Ouvir o aluno com naturalidade, sem demonstrar espanto, sem se apavorar;
· Evitar expressões tais como: Logo você! Coitados dos seus pais!
· Usar de ética; este assunto não deve vazar para toda escola ou ser tema de conversas nos corredores. Fazer jus à confiança que o aluno depositou;
· Através da conversa mostrar interesse em ajudá-lo, iniciando assim um processo de confiança e abertura, bem como informá-lo sobre os efeitos da droga na mente e no organismo em geral;
· Questionamentos tais como: que tipo de droga está usando? Há quanto tempo? Quantas vezes ao dia? O que o levou a usar a droga? Como se sente em relação à família, à escola, aos amigos? são necessários, para que se possa perceber a dimensão do problema;

Nestes questionamentos, o aluno deve sentir-se à vontade. Será ineficaz uma atitude repressiva ou fiscalizadora por parte da escola sobre o aluno usuário.

Se o professor tiver dificuldades para equacionar o problema, deverá procurar auxílio junto a um profissional: psicólogo, médico psiquiatra ou serviços similares, além de grupos de auto-ajuda como AA (alcoólatras Anônimos); NA (Narcóticos Anônimos); AE (Amor Exigente); Grupo Maçonaria Unida contra as drogas;

Existem casos em que o aconselhamento, o apoio, o interesse demonstrado, a informação científica, ajudam os usuários, sobretudo o usuário ocasional, a deixar a droga.

Nos casos que se caracterizam como dependência se fazem necessário encaminhar para tratamento especializado. Quando isso ocorrer, a escola deve comunicar aos pais. Mais uma vez convém ressaltar a importância do trabalho de PREVENÇÃO junto às famílias dos alunos. Pois que receberam as informações e debateram o assunto na escola terão melhores condições para receber a notícia de que seu filho está usando droga. Bom seria que, diante do fato, os pais não se exaltassem, mas reagissem com realismo e objetividade. A escola por sua vez deve continuar apoiando e ajudando a família.

A escola deve conhecer os serviços de recuperação que existem na comunidade ou região. Estes poderão ser prestados pelo SUS, através do Serviço de Saúde Mental desenvolvido pelos CAPS (Centro de Apoio Psicosocial);

2º) A escola constata que o aluno usa droga.

Nesse caso, recomenda-se:

· Não tirar conclusões precipitadas, não se deixar levar pelo preconceito;
· Evitar “fofocas” e a busca de informações indiscriminadas; agir com ética;
· Estabelecida a certeza, conversar com o aluno; para isto, estudar a melhor estratégia, para não agravar o problema ou pôr tudo a perder; usar de bom senso, respeito, amor e compreensão;
· Tentar ajudá-lo a buscar solução, no caso de dependência, junto a órgãos especializados;

A escola que possuir os serviços de orientação educacional, psicologia escolar, assistência social e serviço médico integrado facilitará o estudo e o encaminhamento de casos de usuários de drogas para a recuperação.

Atitudes que a escola deve evitar com relação ao aluno usuário de drogas:

· Dar a transferência (expulsão camuflada);
· Ameaças...
· Marginalizar o aluno;
· Aplicar penalidades;
· Rotular o aluno de “maconheiro”, “boleteiro” e etc;
· Tecer comentários sobre a sua vida e sua família, que não sejam com intuito de ajudá-lo;
· Denunciá-lo aos colegas;
· Querer saber de quem o aluno recebe a droga.

IMPORTANTE: O aluno que faz uso abusivo de drogas, em certos casos, é um doente e como tal deve ser tratado.


DIRETRIZES PARA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA DE PREVENÇÃO PRIMÁRIA CONTRA AS DROGAS NA UNIDADE ESCOLAR

De posse do material didático, cada escola buscará um caminho para viabilizar o programa. Contudo, seja qual for o caminho escolhido, o diretor da escola será o coordenador-chefe e animador do programa de PREVENÇÃO naquela unidade.

1) Constituir uma Comissão integrada pelo diretor escolar (coordenador-chefe); professores representando os diferentes graus de ensino; profissionais da área de saúde; representantes de pais e de outras instituições interessadas no programa (grupos de auto-ajuda; grupo de serviços: Maçonaria; Lions; Rotary Club; Associação Comunitária; Clube de Mães; Grupos Religiosos etc);

2) Para a Comissão, a saúde deve ser entendida como o completo bem-estar físico, mental e social, e não penas a ausência de doença. Portanto, a PREVENÇÃO ao uso de drogas está ligada aos programas de saúde e disciplinas afins;

3) A Comissão coordenará o planejamento, a execução e avaliação do programa, buscando sempre a adesão e participação de toda comunidade escolar nas diferentes fases do programa;

4) O programa deverá ser sempre integrado à mobilização comunitária;


5) A Comissão estará atenta e também participará do encontro preparatório dos professores para aplicação e execução do programa de PREVENÇÂO, recebendo o material específico a ser utilizado;

6) A Comissão deverá estabelecer contatos com órgãos e instituições da comunidade que se dedicam à recuperação de usuários de drogas, para eventuais encaminhamentos de alunos com problemas;

7) A Comissão deverá sempre estar em contato com os proponentes do programa: CLIMA (Clube dos Novos Literatos de Mato Grosso) e Maçonaria, a fim de noticiar o andamento da execução do programa;

AVALIAÇÃO DO PROGRAMA

A maior parte dos fenômenos educativos não é mensurável, sendo de difícil avaliação. Não se pode, por exemplo, medir a natureza da indagação que um estudante faz sobre o sentido da vida, o valor que atribuí à saúde, sua vivência religiosa, porque são realidades apenas constatáveis

Daí a importância de avaliar cada uma das ações do programa de PREVENÇÃO em cada fase, através de observação constante.

Além disso é importante avaliar a atuação dos agentes de prevenção, professores, diretores das escolas e a comissão se for o caso. As atitudes, o comportamento e a coerência destas pessoas pesam muito na obtenção dos resultados visados num programa de PREVENÇÃO.

Algumas situações que certamente chamarão atenção dos alunos:

Imagine só:

SITUAÇÃO 1 - Um professor que acaba de trabalhar o capítulo do livro didático que tem como tema: “Tabagismo, efeitos e conseqüências” e no recreio é visto fumando no pátio. Indaga-se: Que moral terá esse profissional da educação nos seus ensinamentos?

SITUAÇÃO 2 - Uma escola que adota e executa o programa de PREVENÇÃO primária contra as drogas, e na sua festa junina comercializa álcool (cerveja, quentão, caipirinha etc);

SITUAÇÃO 3 – O aluno vai participar da quermesse e festa beneficente de sua igreja e depara com a venda indiscriminada de bebidas alcoólicas;

É interessante frisar que neste programa não se deve utilizar daquela absurda assertiva: “Faça o que falo, mas não faça o que eu faço”.

“ O EXEMPLO É O MAIS EFICAZ DOS SEDUTORES.”

Considerando que esta proposta tem em mira envolver todas as pessoas que fazem parte da comunidade escolar, com ações efetivas, nos aspectos do conhecimento e da afetividade, a avaliação deverá verificar os resultados, tanto do conhecimento quanto de mudança de atitudes e comportamento.


PRÉ-TESTE, IDENTIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS ALUNOS SOBRE AS DROGAS

Antes da execução do programa de PREVENÇÃO, é sumamente importante que se proceda a aplicação do PRÉ-TESTE, buscando verificar os conceitos que os alunos já possuem e foram adquiridos fora da escola. Dessa forma, o professor terá condições de saber de onde partiu e em que nível de conhecimento se encontra o grupo ou turma.

Com a aplicação do Pré-teste obteremos muitas informações úteis para programar e reprogramar as ações, sendo certo que saberemos quais as drogas mais consumidas, por faixa etária e classe social, quais os fatores sociais relacionados ao uso indevido de drogas.


PÓS-TESTE, VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM E COMPREENSÃO SOBRE AS DROGAS

Após o estudo de todo conteúdo proposto pelo livro didático específico (CURSO DE PREVENÇÃO PRIMÁRIA CONTRA AS DROGAS), o professor deverá aplicar o pós-teste, tendo assim a possibilidade de verificar se houve aprendizagem de novos e corretos conceitos e se houve compreensão dos malefícios das drogas sobre o corpo e a mente.

O aspecto afetivo é mais difícil de ser avaliado. Este exige observação contínua, para se constatar as mudanças de comportamento dos envolvidos pelo programa, sua participação nas ações, modo de pensar, sentir e agir, conforme os objetivos propostos. Alguns aspectos que deverão ser avaliados:

· Prática pedagógica da escola (a participação de todos no processo);
· Nível de participação dos alunos nas aulas e nos debates;
· Mudança de comportamento dos professores e alunos frente ao uso do álcool, tabagismo e drogas em geral;
· Relações humanas entre todos os envolvidos no programa;
· Comparecimento dos pais nas reuniões e seminários de estudo (palestras);
· Nível de participação dos pais nos debates;
· Relacionamento família e escola e outros definidos no programa.

O resultado desta prática é a mudança de comportamento diante da vida, dos problemas pessoais, escolares, familiares e sociais, em face dos valores propostos pela escola. Uma prática pela qual a escola se transforma numa comunidade educativa, onde os envolvidos, professores, alunos, diretores, pessoal administrativo, técnico-pedagógico e pais, num processo de interação e integração, façam uma educação que os ajudem a superar suas limitações e a ver o mundo, seus problemas e desatinos, com lucidez e liberdade.

O objetivo primordial do programa de PREVENÇÃO é reduzir o número de usuários, fazer com que menos crianças experimentem as drogas que estão por aí, buscando sempre a valorização da vida, da saúde física e mental de todos.

Embora os objetivos educacionais não tragam resultados imediatos, vale a pena tentar.



CUSTO DE MATERIAL

LIVRO DIDÁTICO – CURSO DE PREVENÇÃO PRIMÁRIA CONTRA AS DROGAS -

QUANTIDADE VALOR UNITÁRIO VALOR TOTAL DO ITEM

R$ 15,00

TOTAL DO ITEM REFERENTE À EDIÇÃO DO LIVRO DIDÁTICO BASE DA CAMPANHA................................. R$ (Depende da quantidade adquirida);



OBS: A execução e início dos trabalhos propostos estão totalmente dependentes da liberação e disponibilidade dos valores aqui orçados a nível de projeto, vez que estando editados os livros da campanha, de maneira automática, dar-se-á início à campanha anti-drogas nas escolas estaduais.


CUSTO DE PESSOAL

Todos os trabalhos de organização e desenvolvimento da CAMPANHA ANTI-DROGAS NAS ESCOLAS DO ESTADO DE MATO GROSSO, bem como os necessários pagamentos referente a custo de pessoal, serão de inteira responsabilidade das Diretorias Executivas do CLIMA (CLUBE DOS NOVOS LITERATOS DE MATO GROSSO) e INSTITUTO DE PREVENÇÃO ÀS DROGAS -IMPDrog, que procederão de acordo com as disposições estatutárias das entidades.


METAS A ATINGIR


1 – TORNAR DE CONHECIMENTO PÚBLICO NO ESTADO DE MATO GROSSO O DESENVOLVIMENTO DA “CAMPANHA ANTI-DROGAS NAS ESCOLAS”.

2 – LEVAR PARA TODAS AS SALAS DE AULAS DAS ESCOLAS DO ESTADPO DE MATO GROSSO, AS MENSAGENS E ENSINAMENTOS DO LIVRO: “CURSO DE PREVENÇÃO PRIMÁRIA CONTRA AS DROGAS”

3 – LEVAR OS PAIS, PROFESSORES, RESPONSÁVEIS E COMUNIDADE PARA DENTRO DAS ESCOLAS PARA DISCUSSÃO DO TEMA: DROGAS.

CRONOGRAMA FÍSICO

1ª ETAPA/ TAREFA:
ATRAVÉS DE UM ENCONTRO ESPECÍFICO COM PALESTRAS PREVIAMENTE MARCADAS, PREPARAR OS PROFESSORES (multiplicadores) PARA DESENVOLVEREM A SISTEMÁTICA DOS TRABALHOS DA CAMPANHA ANTI-DROGAS NAS ESCOLAS, JÁ DEFINIDOS NO LIVRO DIDÁTICO ESPECÍFICO;

META:
CAPACITAR A ESSES PROFESSORES (Multiplicadores) PARA COLOCAREM EM PRÁTICA OS EFETIVOS ESTUDOS SOBRE O CONTEÚDO DO LIVRO DIDÁTICO ADOTADO PELA CAMPANHA ANTI-DROGAS.

PRAZO : NUM WORKSHOP DE 6 A 8 HORAS PODEMOS PREPARAR (CAPACITAR) TODOS OS PROFESSORES DESIGNADOS PARA TAL TAREFA NA SUA ESCOLA;

DATAS: A CONFIRMAR (Na dependência da Liberação dos Valores estipulados – Tão logo sejam liberados os valores correspondentes a cada etapa do projeto, as atividades de preparo e capacitação dos professores terão o seu o início automático);

TOTAL DE DIAS PARA EFETIVAÇÃO DO PROJETO: AUTOMÁTICO, BASTANDO APENAS A PREPARAÇÃO DOS PROFESSORES E EFETIVA ENTREGA DOS LIVROS AOS ALUNOS;

PRAZO PARA O DESENVOLVIMENTO DA CAMPANHA NA ESCOLA:

· O PROFESSOR TERÁ TRINTA (30) AULAS (SEIS SEMANAS-ININTERRUPTAS) PARA CONCLUIR TODOS OS TRABALHOS PROPOSTOS NO LIVRO DIDÁTICO BASE DA “CAMPANHA ANTIDROGAS NAS ESCOLAS DO ESTADO DE MATO GROSSO”.


CONCESSÃO DE CERTIFICADO DE CONCLUSÃO

Os proponentes, ao final do Programa Preventivo, em evento social com a presença de toda comunidade escolar e autoridades municipais, entregarão aos alunos, Certificado de Conclusão do Curso de Prevenção Primária Contra as Drogas, afiançando que os mesmos estão devidamente preparados para dizer NÃO a qualquer tipo de droga.



RELATÓRIO FINAL

A presente proposta de Projeto Educacional-Preventivo Primário intitulado: “CAMPANHA ANTI-DOGAS NAS ESCOLAS DO ESTADO DE MATO GROSSO”, já com os objetivos gerais e específicos devidamente fixados, sendo aprovado, certamente, haveremos de no prazo de poucos dias, levar a cabo tal evento, com condições de sucesso previsível.

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